Este livro propõe um chão para os que, sem chão, escrevem. Mas não sem letras. Este livro propõe um céu sem estrelas para os que, do alto, avistam o chão e dele fazem um céu seu. Mas não sem letras. Este livro é eu, escrita, a chamar por tu, poema. E o poema passa rápido. Mas não sem letras. Este livro propõe, como um outro que dele se aproxima em silêncio, quatro confidências envoltas. E, em todas elas, este livro confessa que o seu verbo é escreviver. Mas não sem letras. Eu leio assim este livro: escreviver. E, ao lado do verbo, leio os nomes próprios que o sustentam. E um verso só: J’écris ton nom. Assim eu, escrita, leio este livro: na liberdade de um verso escrito na ponta de um lápis. E tu, poema, como o lês?