Apresenta o estado da arte da antropologia médica em diferentes países, oferecendo ao leitor uma síntese que cobre as principais linhas teóricas e paradigmas desse campo, que começou a ganhar destaque no cenário internacional na década de 1970, sobretudo a partir de autores franceses e norte-americanos. As duas primeiras partes do livro oferecem perspectivas locais sobre a antropologia médica. Ao lado de artigos sobre os casos da França e dos Estados Unidos, há capítulos que enfatizam outros países da Europa, como Espanha, Itália e Grã-Bretanha, e das Américas, como Brasil, Canadá e México. O objetivo não é defender abordagens locais, mas reconhecer a importância das articulações entre o local e o global. Nessa linha, o livro revisita antigas temáticas da antropologia, como as relações entre o universal e o particular, a natureza e a cultura, o biológico e o social, à luz de novas questões, como gênero e política. A esses aspectos é dedicada a terceira parte da coletânea, que discute perspectivas transversais. Referência para antropólogos que estudam as relações entre cultura, sociedade e saúde. Dirige-se também a todos aqueles que atuam na saúde coletiva na expectativa de contribuir com a reflexão sobre o respeito às diferenças socioculturais e para a formulação de políticas e programas de saúde mais inclusivos.