Poucos arquitetos terão conseguido condensar tão bem as esperanças e as desilusões da era industrial como Le Corbusier, e poucos terão escandalizado tanto os seus contemporâneos, sem dúvida, de uma fase de Adolf Loos e de Frank Lloyd Wright durante toda a sua vida. Sarcasmos e calúnias acompanharam durante grande parte da sua vida um dos raros arquitetos de que o público sabe o nome. Entre a Casa Fallet, que realizou em 1906-1907, e os seus projetos póstumos, a intensidade da produção que desenvolveu durante cerca de seis decênios maravilha-nos. Le Corbusier construiu 75 edifícios em doze países e elaborou importantes projetos de urbanismo. Deixou 8000 desenhos, mais de 400 pinturas e quadros, 44 esculturas e 27 cartões de tapeçaria. Escreveu 34 livros, num total de 7000 páginas, e centenas de artigos, deu conferências e tinha uma correspondência privada de perto de 6500 cartas, que acrescem às inúmeras cartas comerciais.