Esse é um livro escrito pela Mãe Flavia Pinto de hoje, onze anos após seu primeiro livro. Uma matriarca que compreende seu papel social como sacerdotisa, socióloga e, acima de tudo, líder de um quilombo urbano. Ciente das vulnerabilidades das religiões afro-brasileiras — que não possuem um órgão federativo qualificado que lhe ofereça, no mínimo, bases que possibilitem à(ao) dirigente o desenvolvimento de uma gestão sustentável —, a autora pretende fornecer embasamento para a luta externa contra o racismo religioso e interna contra o intrapreconceito que compromete nossa unicidade e nossa percepção como “povos de terreiro”.Este livro está mergulhado na sabedoria milenar e no legado ancestral das culturas africanas e indígenas e é chave na luta antirracista e na descolonização do pensamento euro-cristão entranhado na Umbanda.