Se a Bíblia é o livro dos livros, D. Quixote é o livro dos leitores. Num ranking universal de mais vendidos, encabeça o dos títulos de ficção, enquanto a Bíblia lidera o dos religiosos. Sucesso incontestável de público, consegue o que poucos best-sellers conquistam: o aplauso unânime da crítica e o reconhecimento dos escritores. Uma famosa enquete mundial realizada em 2002 junto a uma centena de grandes escritores entre eles Salman Rushdie, Nadine Gordimer, V. S. Naipaul, Wole Soyinka, Paul Auster, Orham Pamuk apontou-o, disparado, como o melhor livro de todos os tempos e países. A história do livro publicado em duas partes, em 1605 e 1615 é conhecida de todos: um fidalgo pobre e magérrimo do interior da Espanha perde o juízo de tanto ler romances de cavalaria e cai na estrada investido como cavaleiro andante, levando como escudeiro um vizinho bonachão, gorducho e analfabeto. Como se explica que essa história tão simples tenha conquistado tantos leitores em sua longa trajetória, a ponto de que se possa hoje declarar: Cervantes não é arcaico nem nunca será. Aquele ali é contemporâneo, eterno e será sempre para todas as gerações. E o Quixote ainda hoje é romance de vanguarda. E vai ser até o fim dos tempos (Ariano Suassuna). Disse o argentino Jorge Luis Borges: Acredito que os homens continuarão a pensar em D. Quixote porque acima de tudo há uma coisa que não queremos esquecer: uma coisa que nos dá vida de quando em quando, e que às vezes a tira de nós, e essa coisa é a felicidade. E, apesar dos muitos infortúnios de D. Quixote, o livro nos dá como sentimento final a felicidade. E sei que continuará a dar felicidade aos homens. Para repetir uma frase batida e famosa: ‘O belo é uma felicidade eterna’. E de certo modo D. Quixote é essencialmente una fonte de felicidade. Sempre penso que uma das coisas felizes que me aconteceram na vida é ter conhecido D. Quixote.Apos o relancamento da obra completa de Machado de Assis, a Editora Nova Aguilar resgata agoraDom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra (Nova Aguilar, 1056 paginas, R$ 199). Traduzido por Sergio Molina, que verteu para o portugues mais de sessenta livros de importantes autores comoMario Vargas Llosa, Tomas Eloy Martinez e Ernesto Sabato, esta edicao traz tambem apontamentos de diversos leitores escritores sobre a viralizacao e atemporalidade desse classico universal.Se a Bíblia é o livro dos livros, D. Quixote é o livro dos leitores. Num ranking universal de “mais vendidos”, encabeça o dos títulos de ficção, enquanto a Bíblia lidera o dos religiosos. Sucesso incontestável de público, consegue o que poucos best-sellers conquistam: o aplauso unânime da crítica e o reconhecimento dos escritores. A história do livro — publicado em duas partes, em 1605 e 1615 — é conhecida de todos: um fidalgo pobre e magérrimo do interior da Espanha perde o juízo de tanto ler romances de cavalaria e cai na estrada investido como cavaleiro andante, levando como escudeiro um vizinho bonachão, gorducho e analfabeto. Como se explica que essa história tão simples tenha conquistado tantos leitores em sua longa trajetória, a ponto de que se possa hoje declarar: “Cervantes não é arcaico nem nunca será. Aquele ali é contemporâneo, eterno e será sempre para todas as gerações. E o Quixote ainda hoje é romance de vanguarda. E vai ser até o fim dos tempos” (Ariano Suassuna).