A educação, sobretudo escolar, continua sendo um grande desafio nacional. Milhares de crianças, adolescentes e jovens frequentam as escolas brasileiras todos os dias. No entanto, muitos deles continuam fora de nossas escolas. Num mundo com tantos progressos científicos, é possível pensar numa pessoa analfabeta, sobretudo funcional? É possível pensar em metade dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade fora da escola? É possível pensar em uma escola incapaz de incorporar não só as novas tecnologias, mas também coisas absolutamente simples, como banheiro, luz elétrica, quadro, cadeiras, biblioteca? Quantitativamente, crescemos muito em termos de escolarização. No entanto, em termos de qualidade de ensino, ainda estamos longe de ser uma pátria educadora. Este livro quer ser uma convocação a todos os católicos, presentes nos mais diversos tipos de escolas, a se unirem para a educação de bons cristãos e honestos cidadãos de que nossa pátria necessita. Temos três realidades contraditórias: fé cristã, justiça social e desigualdade. Nossa educação precisa lutar não apenas pela igualdade. Queremos mais, e com equanimidade, isto é, uma escola que defenda a igualdade, mas garanta a diversidade.