Este papagaio nasceu em Paris e sua cor cinzenta é a cor do céu de inverno. Cinzenta, sim. O verde-amarelo é tinta. Quando o seu dono comprou o salão de cabeleireiro na cidade, queria um ambiente brasileiro e, o esperto papagaio Henri acabou num poleiro de plástico. Pois foi desse poleiro metafórico que ele assistiu tudo. Henri viu o mundo virar do avesso, logo que Violeta chegou do Brasil, e precisou cortar os cabelos para se fingir homem, trabalhando como recepcionista do salão. O problema é que ela se apaixonou pelo patrão - mas ele só tinha olhos para Olívia, que estava de luto pela morte do irmão. O patrão era louco por ela, mas Olívia não dava bola. Henri avisou. Não é comédia, é drama, é tragédia. Tem paixão, perfídia, sociologia. E riam, riam. Quem poderia acreditar num papagaio?