O fenômeno da delinqüência juvenil reclama um redimensionamento global do pensamento, que deve estender-se além das normas legais. Uma conduta tão complexa como a do ser humano não pode ser compreendida se não formos capazes de relativizar nossas próprias normas, se não soubermos nos colocar no lugar do outro e não nos aproximarmos de sua vida da maneira mais isenta possível de nossas parcialidades. Em outras palavras, se não formos capazes de nos reconciliarmos com nossa própria infância. A solução do problema talvez esteja na busca, não de castigos alternativos, mas de alternativas ao castigo.