Nas sociedades contemporâneas, a produção da memória, individual e socialmente, está, cada vez mais, atrelada às mídias. Neste livro, enfoca-se especificamente o lugar da televisão como espaço de construção e compartilhamento de experiências e memórias pessoais e coletivas. O ponto de ancoragem da reflexão sobre as relações entre televisão e memória está nas narrativas autobiográficas, particularmente no que diz respeito às formas de confissão e de testemunho. Os dois primeiros capítulos são de caráter teórico e destacam como o testemunho e a confissão são gêneros discursivos essenciais no modo de construção de identidades sociais diante das transformações no sentido e no valor da experiência traumática.