Aurélia é a mulher em torno da qual gira o romance Senhora, de José de Alencar. Pura e ingênua por natureza, mas endurecida pelas desilusões causadas pelo mundo civilizado, ela se transformou em uma mulher de negócios. E serve perfeitamente ao propósito do autor, que pretende criticar a sociedade burguesa de seu tempo: a civilização corrompe o ser humano, que nasce puro. Daí é fácil lembrar do pensamento de Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês responsável pelo desenvolvimento da teoria do bom selvagem: o homem é puro por natureza, a civilização é que o corrompe. Uma história como essa poderia servir tanto a um romântico como Alencar quanto a um realista como Machado de Assis, por exemplo. A linha que separa essas duas escolas é a crença em um ideal, no caso dos românticos, o que é confirmado no romance de Alencar, uma vez que Aurélia abre mão de sua ambição ao comprovar o amor verdadeiro de seu marido, Seixas. Esse romance urbano tem papel fundamental no projeto literário do escritor cearense, que se inspirou em boa parte no painel da sociedade francesa construído por Honoré de Balzac, para planejar o seu painel da sociedade em que vivia. (É uma boa opção para o professor trabalhar a leitura deste romance e a de O coronel Chabert, de Balzac, ou Dom Casmurro, de Machado de Assis, para comparar as personagens e o papel ocupado pelo dinheiro e pelas emoções na sociedade, por exemplo. Além de permitir a comparação da visão romântica e da realista.)Aurélia é a mulher em torno da qual gira o romance 'Senhora', de José de Alencar. Pura e ingênua por natureza, mas endurecida pelas desilusões causadas pelo mundo civilizado, ela se transformou em uma mulher de negócios. E serve perfeitamente ao propósito do autor, que pretende criticar a sociedade burguesa de seu tempo - a civilização corrompe o ser humano, que nasce puro.Aurélia é a mulher em torno da qual gira o romance 'Senhora', de José de Alencar. Pura e ingênua por natureza, mas endurecida pelas desilusões causadas pelo mundo civilizado, ela se transformou em uma mulher de negócios. E serve perfeitamente ao propósito do autor, que pretende criticar a sociedade burguesa de seu tempo - a civilização corrompe o ser humano, que nasce puro.