Como diz Silviano Santiago no posfácio do livro, "Rita no Pomar é um esdrúxulo mónologo-a-dois", onde a personagem-título libera seu fluxo de consciência para Pet, seu cachorro. Sua vida solitária serve como matéria-prima tanto para esses desabafos quanto para seu diário e para alguns contos, que se intercalam ao longo do romance. Rinaldo Fernandes conta a história de Rita aos pedaços, sua narrativa é entremeada por reticências e lacunas, que prendem o fôlego do leitor e o convidam a participar de sua criação.