Deuses da cidade, deuses do campo, círculo olímpico, círculo apolíneo, círculo dionisíaco: a todos eles se contrapõe a deusa de que a cidade se apropriou, Atená Poliás, vrigem, combatente, ao lado de Hefesto, o deus do artesanato industrial. A religião, lei e negócio de Estado com Ésquilo, o problema individual com Sófocles. A tragédia, contraponto e comentário de uma experiência histórica única no mundo antigo e ainda exemplar para o mundo moderno. Péricles destaca-se como homem de seu tempo. Aristocrata esquivo e solitário, inconformista até na vida privada, homem de cultura, filósofo, literato, tem um rival e adversário a sua altura em Címon; igual a ele nas ambições destinadas a Atenas, concorde com ele nas formas de vida artística, cultural, religiosa, urbanística; em profunda divergência, no entanto, quanto às diretrizes de política externa. Uma grande época da história do homem que tem como protagonistas dois indivíduos de estatura excepcional, que são aqui revividos por Mario Attilio levi, um especialista em história antiga de fama mundial.