O abuso das belas-letras no pensamento. Hoje, considera-se que se deve estimular o público a crer (e a gostar) e não a julgar. Afora o abuso de poder "cientificista" existe outro (o "literarismo") que consiste em acreditar que o que a ciência diz se torna interessante e profundo depois de retranscrito para uma linguagem literária e utilizado de maneira "metafórica", termo este que parece autorizar e desculpar quase tudo. Em vez de um ³direito à metáfora², deveríamos falar de um direito de explorar sem precaução nem restrição as analogias mais duvidosas, que parece ser uma das doenças da cultura literária e filosófica contemporânea.Hoje considera-se que se deve estimular o público a crer (e a gostar) e não a julgar. Afora o abuso de poder cientificista existe outro (o literarismo) que consiste em acreditar que o que a ciência diz se torna interessante e profundo depois de retranscrito para uma linguagem literária e utilizado de maneira metafórica termo este que parece autorizar e desculpar quase tudo. Em vez de um direito à metáfora deveríamos falar de um direito de explorar sem precaução nem restrição as analogias mais duvidosas que parece ser uma das doenças da cultura literária e filosófica contemporânea.