Na Atenas dos séculos VI e V a.C., o teatro deixa de lado a improvisação ritual e torna-se espetáculo. Poetas compõem e apresentam suas peças em festivais, atores são contratados para exercer os papéis, cidadãos participam do coro, exercem a função de produtores e integram o júri encarregado de premiação. Com Platão e Aristóteles, no século IV a.C., a teoria teatral também tem sua origem na Grécia.Por tudo isso e, em especial, pela qualidade de seus poetas, a experiência grega foi decisiva para o desenvolvimento da arte dramática no Ocidente. A palavra “teatro”, que designa a uma só vez o lugar onde o espetáculo acontece, o espetáculo em si e os espectadores que assistem a ele, é de origem grega (a raiz thea significa visão); assim como drama (cujo primeiro sentido é ação), integra o vocabulário de diversas línguas do planeta. O legado grego continuou em Roma, onde as comédias de Plauto e Terêncio e as tragédias de Sêneca foram decisivas para a formação do teatro ocidental, alimentando a dramaturgia de Shakespeare e Racine, por exemplo.