Tudo sai do meu fogão, do meu tacho, do microondas. O caldeirão. Converso com as flores, com os animais, com as pedras. A natureza me entende. Dou poções, conselhos, feitiços,* diz a autora. Reflexões entremeadas com deliciosas histórias de mulheres bruxas esbanjam seu conhecimento da natureza humana. E sua verve criativa. Isabel prefere as bruxas capazes de desafiar e provocar mudanças, às fadas submissas e translúcidas. Traz a evolução do feminismo, que não vê o homem como inimigo da mulher, nem antagonismo entre os gêneros, masculino-feminino. Na realidade, existe antagonismo entre homens desprovidos do gênero feminino dentro de si e mulheres desprovidas de seu próprio feminino, já que, ao longo da história, ser mulher foi considerado um problema e tudo aquilo associado ao gênero feminino foi objeto de todo tipo de repressão. Mulheres e homens estão no mesmo barco, para compartilhar responsabilidades e prazeres. (do prefácio de Dr. Wimer Bottura Jr.)