Júlio adora viajar, mas não está muito contente em visitar sua tia Doralice. Ela mora em uma fazenda em Vila Horizonte, um lugarejo no interior. Mas ali não há cachoeiras para tomar banho, grutas para explorar ou outras crianças com quem brincar. Na Fazenda do Amanhecer só há livros, milhares de livros espalhados por todos os cômodos. Para Júlio, um menino de dez anos mais acostumado a programas de televisão e videogames, isso só significa uma coisa - tédio. Mas, conversando com a tia e seu marido Alberto, o menino descobre que esses livros não consistem apenas em um monte de palavras enfileiradas. Folheando aquelas obras, Júlio se dá conta de que a literatura guarda certos detalhes fundamentais do mundo que não somos capazes de perceber quando simplesmente olhamos ao nosso redor. Em 'O olhar das palavras', Paulo Bentancur conta uma história que mostra como as palavras nos ajudam a enxergar e a escutar o mundo de forma muito mais completa.