Este estudo sobre a Escola Colonial e a formação de especialistas nos problemas coloniais no contexto português permite conhecer o passado e as bases sobre as quais se assentaram saberes para a manutenção da desigualdade. Essa aproximação contribui para se entender a ruptura entre o pré e o pós-colonial de forma mais controlada, identificando as relações entre ciência, ensino e administração. O Estado colonial é apresentado como uma zona de contato, um campo de possibilidades de representação de populações e de um Estado responsável por nomeá-las; um campo que teve sua própria história e que se constituiu na dependência dos objetos da ação e dos campos de poder a ele conectados. A partir do diálogo entre quadros da tradição antropológica e dados de campo coletados entre 2007 e 2010, este livro apresenta as reformas no colonialismo português tardio como parte de um processo de assimilação que imaginou os povos em Angola como portugueses no futuro.