O que se deve privilegiar, ou, dito de outra forma, o que salta aos ouvidos (ou mesmo aos olhos, se pensarmos em termos audiovisuais) na interpretação de uma canção: sua letra, sua música, ou o encontro de ambas (que funda outra linguagem, como acrescentaria Luiz Tatit)? E em que posição colocar a performance, nesse caso, e como pensá-la? E, a partir disso, como pensar a canção como um todo? E a questão da autoria? Essas e outras problemáticas são pontos que devem ser cuidadosamente analisados quando o assunto é versão de canções, quer dizer, quando o assunto é a tradução de canções que se destinam a serem cantadas e que implicam, portanto, alguma performance em seu trajeto. Mais do que a resposta para as indagações iniciais, o que Transcanção: The Doors em análise, tradução e performance se propõe a fazer são as próprias perguntas, analisando-as sob diversos pontos de vista e pondo-as à prova mediante o exercício mesmo da performance das traduções. Por meio da versão de seis [...]