Numa antiga aldeia indígena, a linda Zatiamarê e o bravo Atiolô se casaram e tiveram uma filha: Mandi. O pai Atiolô era tão igual a ele mesmo e mãe Zatiamarê também era tão igual a ela mesma, que Mandi nasceu diferente. Assim mesmo, parecida diferente, como todo mundo é. Mas o pai queria um filho que fosse igual a ele. Por isso não aceitou Mandi como sua filha e a mãe Zatiamarê teve que cuidar de Mandi sozinha. Este conto indígena trata da aceitação do igual, do diferente, do que é comum e do que é estranho. Para além do bem e do mal, do que é certo ou errado, os personagens expressam seus desejos da forma mais pura. Sejamos de qualquer crença ou etnia, de um jeito ou de outro, há sempre algo que em nós é parecido e algo que é diferente. Assim mesmo, somos todos parecidos e diferentes.