Um pequeno laboratório de pesquisa musical alimentou as edições impressas do coletivo só. O propósito, realizar um jornal pautado em música, permitiu trabalhar com pesquisa e fábula, contadas antes e depois de cada edição. Mexer com cultura junto dos envolvidos nela foi um exercício de vida onde trabalho e arte podiam ser confundidos; em alguns momentos estivemos integralmente aliados e travestidos de só, senão no bolso, na mente. Mania de falar música a toda hora, e procurarse por ela. O conteúdo das edições foi em parte reflexo dessa apropriação literária da música, a fala dos causos, das motivações, das peças infinitas que se encaixavam na cena. O jornal, agora livro, representa uma assimilação da cultura como ferramenta, dialética formadora de um sujeito crítico que gosta do gênero comentário, paixão de assimilar os primeiros movimentos e tons de uma música. No caso do "coletivo só", a crônica descrita sempre veio com os ares da aversão, a revolução, leitura popular dos ídolos de um Brasil.