A obra apresenta as bases conceituais da Criminologia, como uma introdução ao estudo desta ciência. Posteriormente, faz uma análise histórica dos modelos de justiça entre a Idade Média e o berço da Modernidade, apresentando a formação dos estados ibéricos e os respectivos marcos políticos, estreitamente vinculados às formas de exercício de poder e às divisões sociais. Reflexões filosóficas são utilizadas para demonstrar a relação entre os discursos de uma cultura hegemônica que difunde a ideia de Justiça e o contexto social e político presente neste processo histórico ocidental. O atual, pós-moderno ou contemporâneo serve de referência para demonstrar as permanências históricas resultantes de uma ideologia de dominação e controle sobre os mais vulneráveis. Como complemento, é apresentada, ao final, uma breve análise da dogmática penal, com algumas interferências teóricas de outras ciências, que sugerem a necessidade de uma visão interdisciplinar e crítica do arcabouço técnico-teórico do Sistema de Justiça Criminal.