Chama atenção a ausência de fundamentos econômicos na gestão pública, em que uma visão puramente contábil, de limites financeiros, define os cuidados da alocação de recursos, alocação, por sua vez, induzida por subjetivismos pessoais e circunstanciais, como algo doméstico, traduzindo idiossincrasias dominantes. As técnicas pelas quais se asseguram e se justificam as prioridades na alocação simplesmente não entram nas equações decisórias, correndo tudo à margem de qualquer consideração que minimamente responda pela economicidade das preferências erigidas. Os textos reunidos neste livro se ocupam dessas questões, nas quais o planejamento, a reforma do Estado, o setor público no processo de acumulação e nas funções indutoras de desenvolvimento são tratados dentro de um ponto de vista pouco abordado, embora sua imperiosa oportunidade nos dias de hoje.