Escolher a melhor parte dos pratos do banquete de viver é sua profissão de fé. As crônicas, muitas vezes chamadas de poemas, lidas há mais de vinte anos por um público fiel, falam de amor e esperança. Feliz, de nascimento, Vilma deixa o otimismo rolar na pena suave, pois sobram as que escrevem com palavras encharcadas de sangue ou amargas de pessimismo. Os temas, cata-os no todo dia, centralizando o ser humano, seu amor maior. Mineirice... com gosto de pão de queijo e goiabada cascão, é uma coletânea de 62 crônicas escolhidas a dedo no bairrismo que flui do coração. Nelas, esta mineira de Araxá, não esconde emoções, tampouco o orgulho de falar de amor, protegida pelas montanhas das Minas Gerais. Descreve o dia a dia, pedindo abraço. Pede a conta. Brinca com a Amélia do 3º milênio, dança o carnaval, consulta a agenda com anotações pra viver feliz, folheia álbuns de família, canta a natureza, lê a sorte, faz caras e bocas, acorda a juventude, enfim, dança a vida na ciranda dos dias de todos nós. Pensa, sente, fala e escreve do mesmo jeito. Deixa recados do coração na língua do povo. Que entende a mensagem e agradece. Refletindo sobre a graça de viver, repensando o derrotismo, e enviando-lhe e mensagens de ninar o coração. Um escritor precisa de mais?