Nas peças que compõem esta coletânea, Matéi Visniec consegue, com o tom casual de uma conversa cotidiana, tratar dos mais importantes temas que dizem respeito à condição humana: o sentido da vida e da morte, o valor das coisas e das pessoas, a tensão entre indivíduo e sociedade. Organizadas em três grupos Fronteiras, Agorafobias e Deserto , as peças surpreendem por seus desfechos inusitados e pela riqueza de imagens criadas: um fuzil empunhado como um violão; uma sentinela que reduz um humano a um "documento válido"; um curso prático de mendicância; um homem esquecido numa estação de trem abandonada; e outras cenas improváveis. Nestas peças curtas, Visniec nos chama a atenção para o insólito do cotidiano que insistimos em ignorar. Um livro que faz sorrir pensando e pensar sorrindo.