Flávio Saliba Cunha e Roberto Dutra Torres Jr. empreendem, neste excelente ensaio, uma reflexão crítica sobre o que pareceria o fio condutor das obras aparentemente contrastantes de autores como Marx, Durkheim, Weber e Simmel, ao mesmo tempo em que tecem considerações sobre a adequação do pensamento clássico no que concerne a uma interpretação do sistema capitalista contemporâneo, fundado em relações de mercado hegemônicas. Os autores identificam tal comunalidade no processo de divisão social do trabalho, ainda que com diferentes apreciações pelos clássicos, como uma tendência inexorável da modernidade e como inerente à lógica de expansão do sistema capitalista.