´Graças à combinação do trabalho de campo ´à antiga´ com o diálogo com o que há de simultaneamente mais ousado e mais consistente na literatura antropológica, a que a autora acrescentou a sua própria dose de ousadia, as lutas de famílias e suas supostas projeções políticas recebem neste livro um tratamento que, certamente, irá surpreender muita gente. Retomando o caminho aberto por autores como Costa Pinto, Maria Isaura Pereira de Queiroz e Maria Sílvia de Carvalho Franco, que perceberam a importância de se olhar com cuidado para as articulações entre violência, política, família e formas outras de sociação, como meio de se perceber alguns dos modos de operar fundamentais da nossa sociedade, a autora produz um trabalho profundamente inovador, com um controle raro da escrita, que transforma um texto de uma densidade científica, enorme, em uma narrativa da melhor qualidade literária.´ Moacir Palmeira