A decisão de estudar a velhice partiu da percepção de que, ao se estudarem os direitos humanos, são recorrentes os trabalhos que se fixam nas pessoas com de ciência, nas mulheres, nas minorias étnicas, nos trabalhadores, no meio ambiente, nos aspectos econômicos, etc., mas raros os que se referem às pessoas idosas.Nesse sentido, a afirmação de Norberto Bobbio de que a velhice é um tema não-acadêmico resume esse problema que envolve a velhice: a crença ou convicção de que ela não é um tema acadêmico, o que tem levado ao fato de ela não ser estudada, salvo raras exceções.Os poucos estudos que existem se limitam a analisar os aspectos econômicos da velhice, preocupados não com os direitos das pessoas idosas, mas sim com o ônus que elas podem representar para o Estado no futuro. Enquanto isso, proliferam as violações aos direitos humanos das pessoas idosas sem que essa situação seja estudada e sem que sejam apresentadas propostas para solucioná-la.Esses são os motivos que levaram à elaboração do presente trabalho, ou seja, a percepção de que a velhice e os direitos humanos das pessoas idosas não são estudados, enquanto proliferam os casos em que tais direitos são violados, o que torna a sua leitura imprescindível para aqueles que lutam pela defesa dos direitos humanos de todas e todos.