A escrita de Carlos Machado é de uma atmosfera rarefeita. Os parágrafos rareiam e exigem da leitura um fôlego pouco habitual, na mesma linha da leitura de José Saramago e João Gilberto Noll. Deste último, ainda, toma-lhe o horrendo e a exibição de tudo aquilo que ainda é tabu, desafiando a linha delicada que separa nossos pudores de nossas perversões. É nesse que se pode afirmar que os contos de Carlos Machado dilaceram inocências.