Eis uma bela novela impregnada do sol e do sal da humanidade nas naves dos insensatos ou nas jangadas dos pobres - que Hermilo prefere acompanhar, junto do povo que ele sempre enxergou na face gretada de um "Capitão" Antônio Pereira, mestre de oito, dez horas de bumba meu boi da noite e da vida. Ela traz a assinatura final do escritor que sabia o nome da sua barca derradeira, que reconhecia os seus passageiros descalços, as suas mulheres sem esperança e, ainda assim, belas no desvalimento. São todos belos, aliás, os seis feios personagens que navegam dentro e fora de si mesmos, nesta narrativa conduzida com elegância e tristeza.