O agrupamento doméstico é considerado no Espaço um curso vestibular para o evento da família universal! É uma espécie de triagem onde se classificam os cidadãos diplomados na fraternidade consangüínea; e que se mostram eletivos para aplicar no mundo profano os dons superiores adquiridos e desenvolvidos entre a parentela humana! O lar proporciona ao espírito encarnado as iniciativas do sentimento fraterno; incentiva-lhe a tolerância, paciência, humildade e a conformação, adestrando-o para depois enfrentar as adversidades do mundo! No mesmo lar, as almas reciprocamente hostilizadas em existências pregressas contemporizam-se de suas diferenças porque vinculam-se à mesma linhagem consangüínea, em cujo ambiente doméstico e por força da sobrevivência física avançam para a compreensão espiritual definitiva. Os filhos são os hóspedes, nem sempre desejados, que por força dos conflitos pretéritos achegam-se para substituir o ódio pelo amor, a desforra pela indenização. O lar funciona como um curso de confraternização e ajuste de sentimentos em conflito no passado! Obviamente, isso não poderá ser conseguido em estabelecimentos educativos, colégios, conventos ou quaisquer outras instituições profanas, as quais não podem proporcionar os ensejos de reajuste e contemporização próprias da experiência espiritual sob a mesma vestimenta consangüínea. Quando os esposos compreendem o objetivo real das leis espirituais, que os orientam na comunhão fraterna quando encarnados, inclusive atinente à função do mecanismo sexual como técnica criadora e não simples função de prazer transitório, é evidente que eles então se libertam da apregoada necessidade biológica sexual incessante e consideram-se apenas como "procuradores divinos", investidos da missão de criar outros corpos no mundo material. Muito antes de cultivarem deliberadamente a sensação física no intercâmbio sexual, eles não desconhecem a sua função de "deusinhos", que sob a procuração divina atuam no cenário da vida humana a fim de proporcionar novos equipos carnais para outros companheiros elevarem-se conscientemente à angelitude. Na hora do enlace sexual físico, a esposa e o esposo são apenas dois "campos magnéticos" de pólos opostos e atrativos, cujas forças criadoras, que emanam do mundo animal instintivo, também se fundem às energias captadas dos planos angélicos e estimulantes da ascese espiritual humana. Essas energias sublimes irrigam o perispírito do homem e da mulher na hora sexual, pois se acasalam em misterioso esponsalício na zona e no plexo solar e abdominal, onde o chacra umbilical controla os automatismos genésicos criadores e desata o esquema do renascimento.