Há um aspecto fascinante na coletânea de poemas A Flor Lilás, de Filipe Moreau: a transparência do processo. Em seus versos variados, escritos ao longo de vinte anos, percebe-se alguns reaproveitamentos de certos achados poéticos. Isto é: há casos em que um "mesmo" poema aparece em duas ou três versões, chamando o leitor a participar de sua cristalização no papel impresso, como cúmplice. Se essa característica, juntamente com a diversidade de gêneros presentes ? do haicai aos engenhosos jogos verbo-visuais que o autor chama de concretudes, passando por doublets, poemas de caráter epigramático e considerações em prosa "à maneira de embasamento teórico" confere ao conjunto um ar experimental, há também versos que já nascem clássicos, tal a síntese poética, realçada pela vertiginosa musicalidade que dá o tom de todo o livro.Há um aspecto fascinante na coletânea de poemas "A Flor Lilás", de Filipe Moreau: a transparência do processo. Em seus versos variados, escritos ao longo de vinte anos, percebe-se alguns reaproveitamentos de certos “achados” poéticos. Isto é: há casos em que um “mesmo” poema aparece em duas ou três versões, chamando o leitor a participar de sua cristalização no papel impresso, como cúmplice. Se essa característica, juntamente com a diversidade de gêneros presentes – do haicai aos engenhosos jogos verbo-visuais que o autor chama de “concretudes”, passando por doublets, poemas de caráter epigramático e considerações em prosa “à maneira de embasamento teórico” – confere ao conjunto um ar experimental, há também versos que já nascem clássicos, tal a síntese poética, realçada pela vertiginosa musicalidade que dá o tom de todo o livro.Há um aspecto fascinante na coletânea de poemas "A Flor Lilás", de Filipe Moreau: a transparência do processo. Em seus versos variados, escritos ao longo de vinte anos, percebe-se alguns reaproveitamentos de certos “achados” poéticos. Isto é: há casos em que um “mesmo” poema aparece em duas ou três versões, chamando o leitor a participar de sua cristalização no papel impresso, como cúmplice. Se essa característica, juntamente com a diversidade de gêneros presentes – do haicai aos engenhosos jogos verbo-visuais que o autor chama de “concretudes”, passando por doublets, poemas de caráter epigramático e considerações em prosa “à maneira de embasamento teórico” – confere ao conjunto um ar experimental, há também versos que já nascem clássicos, tal a síntese poética, realçada pela vertiginosa musicalidade que dá o tom de todo o livro.