Os encontros e desencontros são os fios que amarram as narrativas curtas de amor de A lua depois do gravador ? histórias de você e ele. Um amor contemporâneo, pop, urbano.Simone Magno percorre os sentimentos em relação ao outro, sentimentos nem sempre nítidos, não apenas para o objeto, como também para o sujeito que sente. Sujeito e objeto se confundem no amor vivido pelas personagens.Uma cantada num lobby do hotel, numa reunião de trabalho, acaba num café da manhã no dia seguinte, e este fim, num momento de silêncio, é percebido como o começo de tudo. Um amor por vezes efêmero, por vezes perene. A festa em que o namorado apresenta a você um amigo estrangeiro, cineasta, e as suas memórias estão ainda em carne viva, e os três ficam sem graça até o namorado cair em si e desviar o olhar. Um amor por vezes gritado, por vezes silencioso. A entrevista exclusiva que ele concede à jornalista. E depois do gravador desligado, a carícia, a lua.E depois da lua, o Rio de Janeiro, porque ele se casa e não é com você.Um amor por vezes delicado, por vezes louco. O perfume recebido de presente por engano: você achou forte demais, agradeceu dizendo que gostou, mas não era para você, era para Iemanjá. Um amor por vezes desencontrado.E quando você encontra o amor, despeja o líquido no mar; a Iemanjá o que lhe era de direito. Um amor, em todas as suas faces, sempre intenso.