"O estudo examina a alma mortal e suas afecções (pathémata) no Timeu de Platão com o propósito de demonstrar que Platão amplia a noção de morte (thánatos), nesse diálogo, para explicar o vínculo (syndouménes) e a associação ou koinonía entre a alma mortal e o corpo. Platão transpõe a noção de morte para o campo de sua filosofia, de modo que por um lado, o atributo mortal indica a composição do corpo do homem e de todos os seres ditos físicos, visíveis e tangíveis; e ampara o estado de dissolução e corrupção destes (Timeu 42e - 43a); e por outro lado, passa a indicar a intrínseca koinonía entre a forma de alma mortal e o corpo, ambos de naturezas distintas; o que nos fez inferir, que o atributo mortal (thnetón) não é usado por Platão para designar a morte do génos de alma mortal (téns psychéns thnetòn génos, Timeu 69d-e); considerando sobretudo, que o filósofo não diz em nenhuma passagem do Timeu, que o eidos/génos de alma mortal é um ser elementar, portanto, [...]