Loucura e razão, como a irrefreável fantasia das imagens e a construção perfeita das estrofes, dialogam em páginas famosas (Alcina Sedutora, Olímpia Traída, o Palácio de Enganos, a Ilha das Mulheres, Rodomonte em Paris, Miguel no Mosteiro, Medoro Ferido...) e em toda esta história de um louco, narrada com o sorriso de quem se diz seu igual. Narrada, ou melhor, cantada pela insuperável poesia do criador de um universo que fascinou Cervantes e Voltaire, Bandeira e Borges. Publicado há quase cinco séculos (1516, com edição definitiva em 1532), o Orlando Furioso de Ariosto é contemporâneo de nosso mundo, sempre a ponto de enlouquecer por "armas e amores".