No livro A valoração racional da prova, que ora se apresenta ao leitor de língua portuguesa, o Autor retoma as premissas do livro Prova e verdade no direito, no qual, a partir de um fecundo diálogo entre direito e epistemologia, estabelece uma relação teleológica entre prova e verdade, concluindo que os enunciados probatórios do tipo Está provado que, utilizados no raciocínio judicial sobre os fatos, devem ser entendidos no sentido de que há elementos de prova suficientes favoráveis à aceitação de p como verdadeira. Mantendo-se firme numa concepção racionalista da prova, e deixando claro que a decisão judicial sobre os fatos provados se produz em um contexto de incerteza, concentra sua atenção em como deve ser valorada a prova e qual deve ser o standard de prova a ser atingido para que um enunciado fático possa ser considerado provado e, portanto, aceito e utilizado na sentença como sendo verdadeiro.