A exploração crescente do nosso planeta provoca debates cada vez mais freqüentes sobre os limites do desenvolvimento humano. Os estudos avançam à medida que o problema se agrava, mas analisam apenas seus aspectos técnicos. Devemos enfrentar os excessos da nossa civilização sem levar em conta seu aspecto psicológico? Por que queremos um crescimento infinito? Quando começou a corrida para o ilimitado? Os antigos gregos, que moldaram a base da mentalidade ocidental, viviam aterrorizados pela fome de infinito que se ocultava dentro do ser humano. A essa fome davam o nome de hýbris (arrogância), o único verdadeiro pecado no seu código moral - os deuses eram invejosos e puniam com a némesis (justiça), sem atenuações, todo aquele que desejava demais. Entretanto, os próprios gregos se tornaram arrogantes e começaram a inverter aquele antigo tabu.