O adolescente pode ser tomado como o sujeito, paradigmático de seu tempo. Ávido por construir a passagem entre o campo familiar e o campo social, ele busca profundamente, na cultura da época em que vive motes de inspiração para a construção de novos traços de si. Entretanto, o que acontece quando aquele que deveria fazer a transmissão da herança se ausenta desse lugar? Como ficam as condições dessa passagem? É nesse sentido que a autora, ao decifrar a angústia que repousa sob a sintomatologia dos jovens do tempo de agora, revela uma espécie de vaguidade na posição da adultez contemporânea.