Tem uma pedra no meio do caminho da aula de português: no ensino de língua portuguesa ainda persistem práticas inadequadas e irrelevantes, não condizentes com as mais recentes concepções de língua e com os objetivos mais amplos que se pode pretender para o seu ensino. Os professores já sabem que não podem mais simplesmente dar as costas aos grandes avanços da investigação científica sobre a linguagem. No entanto, ainda não sabem como traduzir essas inovações em práticas pedagógicas condizentes com uma educação efetivamente formadora: Se não é para ensinar gramática, costumam dizer, então é para fazer o quê?\' O livro de Irandé Antunes traz um conjunto bem articulado de respostas, respostas que se desdobram em várias outras perguntas, que só podem ser respondidas por pessoas movidas pelo amor à investigação, provocadas pelo desejo de descobrir seus próprios caminhos, sempre conscientes de que a ciência não é a busca de uma verdade a ser descoberta, e sim a construção de pontes [...]