O que dizer destes pergaminhos sagrados e raros que é a escrita epifânica de Júlio de Queiroz, este escritor iluminado? Como desvendar os mistérios que se escondem nesta escritura que parece vir do princípio de tudo? Para dizer o mínimo, seu texto se assemelha a pétalas frágeis e imaculadas que exalam um perfume do qual do qual só ele possui a receita. Depois de dois mil anos. Queiroz invade o cotidiano da Galiléia para dar voz a quem não teve voz nos Evangelhos., ou que teve poucas palavras : Judas, Madalena, Maria, Herodes,Pedro, o coxo, o cego, criando aqui um novo evangelho. E desta forma, os personagens que viveram perifericamente a Jesus compõem um estranho (des)evangelho no qual o humano é enaltecido.