A lição de esperança que este livro nos traz é que embora todo mundo sofra, grande parte desse sofrimento é desnecessário – pode ser superado. O legado de Aristóteles é que pensamos que tudo deve ser ou verdadeiro ou falso. Assim, a nossa tendência é pensar em termos de polaridades: bem ou mal, certo ou errado, governo ou oposição. Essa abordagem do tipo “amigo ou inimigo” pode aparentemente facilitar a vida, mas J. J. Hurtak e Russell Targ afirmam que essa visão de mundo só aumenta a nossa experiência do sofrimento. Na tentativa de superar a polaridade dos opostos e o sofrimento que a acompanha, os autores aliam a sabedoria do Oriente às descobertas da física quântica e descortinam um território intermediário que nos mostra que os lados opostos possuem apenas o significado que lhes atribuímos. Buda nos ensinou a viver uma vida útil e cheia de compaixão e a render o nosso ego à paz da amplidão. O caminho do meio do budismo também nos mostra que as situações podem nem ser verdadeiras nem falsas, ou ser igualmente verdadeiras e falsas. E é espantoso que as descobertas recentes da física moderna ecoem esses antigos ensinamentos. Este livro inspirador reúne esses aparentes opostos – o budismo e a física – e demonstra, passo a passo, como podemos aprender a abrir mão da concepção histórica de quem pensamos ser para vivenciar o fim do nosso sofrimento.