Robert Stam analisa em Multiculturalismo Tropical o percurso do cinema brasileiro no tratamento das questões étnicas e raciais. Discute entre outros temas como foram construídas as imagens do negro e do indígena no cinema e as estratégias utilizadas por esses grupos na busca de acesso a sua própria representação. O livro é uma sobreposição de vários projetos: uma história do cinema brasileiro do ponto de vista da raça; da história do Brasil através de suas representações cinemáticas; um estudo comparativo das formações raciais no Brasil e nos Estados Unidos e um ensaio teórico sobre as análises das representações de conotação racial. O autor examina as metamorfoses progressivas das imagens multiculturais no período do cinema mudo das chanchadas das décadas de 1930 e 1940 os filmes paulistas no estilo hollywoodiano dos anos de 1950 as diversas faces do Cinema Novo nas décadas de 1960 e 1970 até o presente.