Se a teologia não recusou, sobretudo a partir do Vaticano II, um diálogo fértil com a modernidade, também não pode ignorar o diálogo com a sua transformação atual, a que frequentemente se dá o nome de pós-modernidade. O presente volume pretende ser uma proposta de aproximação ao ambiente cultural contemporâneo. Começando por debater o próprio conceito de pós-modernidade e nele situar a questão do regresso do religioso, avança algumas propostas que podem redimensionar a teologia num contexto cultural já não tipicamente moderno. Salientam-se uma interpretação teológica de Nietzsche, uma avaliação crítica da teologia narrativa e uma crítica teológica da cibercultura. O que é a pós-modernidade? Que tem a teologia a ver com esse novo ambiente cultural? Trata-se de pura fragmentação relativista, que apenas deve ser condenada? Ou trata-se de um fenômeno bem mais complexo, lançando desafios importantes à fé cristã? O autor parte da segunda hipótese e oferece algumas propostas de interpretação que permitirão repensar o exercício da teologia num ambiente cultural em que já não são aceitos certos dogmas modernos. O novo lugar do religioso e da narrativa, o confronto criativo com Nietzsche, uma leitura da cibercultura... Esses e outros temas são avaliados teologicamente, como contributo para um diálogo cultural em curso.