Os capítulos deste livro iluminam facetas do pensar e pensa o próprio processo de pensar. Iluminar remete à metáfora “dar à luz” pensamentos (representados por lâmpadas nas estórias em quadrinhos) e implica em fertilização, concepção, desenvolvimento, nascimento e potencialidade criativa da mente. O aforismo cartesiano “Penso, logo existo” estimula o psicanalista a debruçar-se sobre situações em que o ser humano não se sente suficientemente existente. Os ataques à capacidade de pensar remetem à sensação de que a vida não vale a pena, que se esvai, ou na criação de um falso mundo alucinado, ou na impressão de que se vive em mundo confuso e ameaçador, por exemplo. As reflexões efetuadas pelos autores têm como pano de fundo a obra de Klein e de Bion e conduzem às vicissitudes dos processos de simbolização.