É notório o poder de sedução das sereias: com seu canto, elas atraem marinheiros incautos e os levam à morte ou ao naufrágio. Dificilmente, porém, nos perguntamos pelo que as sereias se sentem atraídas. Sereia é o apelido que Sofía recebeu de uma avó que mal conheceu. Já adulta, ela encontra fragmentos de textos de décadas antes: são trechos de cartas e diários que a avó escreveu antes de ser afastada da família sob acusações de loucura. Sofía atende ao chamado da avó. Ela deixa sua vida para trás e embarca em uma viagem rumo às zonas sombrias da história familiar. Seu destino: um antigo manicômio. Para enfrentar o oceano do tempo, ela não tem mais que uma força interior incendiária. No imaginário das sereias, há fatos inquietantes: elas não envelhecem, nunca são feias e jamais fogem do roteiro esperado. Embora irresistíveis, a ironia é que são as sereias que parecem ter suas existências aprisionadas ao destino dos marinheiros. Este livro quebra as regras. [...]