O livro traduz a espontaneidade da autora na forma como vai contando as histórias. Com um jeito muito próprio, natural, ela discorre sobre os mais variados temas e soa como se fosse uma conversa. Desde o início da leitura, se tem a nítida impressão de que se estava presente, ouvindo os diálogos da apresentadora com seus entrevistados-ouvintes. A obra é surpreendente porque descontrai com a malandragem de figuras como o Luzanildo, nos faz refletir sobre o estrago que as drogas podem causar na vida de uma pessoa, nos faz pensar sobre a falta de perspectivas para quem não toma iniciativas, nos entristece a falta de valores familiares, afetivos, de amor próprio, e nos chocam como a história da mulher abandonada à própria sorte que estava apodrecendo viva. Neste livro, a autora dá voz a um povo. Nos emociona e nos faz rir.