Em As desaparições, mais do que nunca, Alexei Bueno, lidando com essa sordidez, faz - como queria Bandeira - "o leitor satisfeito de se dar o desespero." Quer dizer: trata-se de uma poesia que desacomoda, incomoda, desloca o leitor da resignação, desperta-o do conformismo, da alienação cotidiana. Desde o poema-título de abertura, ela nos põe diante da pungente condição humana.