Na obra, indo além do conceito de que a inteligência é a capacidade de realizar operações mentais para resolver problemas e atingir objetivos, Marina defende que a inteligência humana é criadora, pois é capaz de problematizar, definir seus próprios objetivos, elaborar projetos e ampliar e transformar a realidade. O autor integra conhecimentos de ciências cognitivas, neurologia, computação, psicolinguística, psicologia e filosofia para analisar as diversas funções da inteligência em exemplos tomados da etologia, da natureza e das invenções humanas - a ciência, a poesia, a técnica, o esporte e a criação artística. Nesse caminho, mostra uma inteligência destinada à ação, na qual conhecimento e afeto estão ligados. O que se segue daí é a apresentação da liberdade, da razão e da dignidade humana como criações que abrem possibilidades no real e empurram o homem para um lugar acima de si mesmo. Ao final do volume o leitor acompanha as ideias do autor em um diálogo, que discute a bibliografía pesquisada.