Em A Antimaçonaria Desvendada: Conspirações, Pactos Satânicos e Comunismo, o leitor vai perceber que a história da Maçonaria traz consigo uma narrativa ¿poderosa, conspiratória e até mesmo diabólica. Diante disso, é preciso perceber que no decorrer do século XVIII e XIX, o conflito entre a Igreja e a Maçonaria tomava formas bem definidas, ao mesmo tempo em que crescia no imaginário luso-brasileiro a desconfiança e o medo da atuação dos maçons. A própria condenação do Papa Clemente XII, através da Bula In Eminenti Apostolatus Specula (1738), foi decisiva para fortalecer a propaganda antimaçônica. Com passar do tempo, a antimaçonaria adquiriu mais vigor, assim, muitas vezes o simples fato de pertencer a Ordem Maçônica era visto como heresia e motivo suficiente para alimentar as desconfianças. Novas condenações e provas se amontoavam no processo contra a Maçonaria, chegando a ser descrita como a verdadeira face do mal, uma seita satânica, disposta a fazer qualquer coisa para implantar o Comunismo. No Brasil, o fenômeno da antimaçonaria seguiu de certa forma os desdobramentos dos embates ocorridos na Europa, mas incorporou também novos elementos nessa narrativa. Por esta razão, a obra História Secreta do Brasil de Gustavo Barroso, mereceu uma análise especial, pois não só incorporou toda a longa tradição da luta contra a Maçonaria, como também representou o amadurecimento de um discurso tradicionalista e autoritário no seio da sociedade brasileira.