Uma autobiografia: mas não de alguma figura que conhecemos ou não, mas meio que de nós mesmos, dirigida ao tu que todos somos para um eu. É assim que, em Aotubiografia, o leitor é convidado a desvendar, através das experiências cotidianas de uma vida como quase qualquer outra, o espaço, o além, o despertar e o adormecer, o ciúme, o amor, o isolamento, o corpo e muitas outras minúcias e gestos que lembram que todos somos um ser no mundo que não para de se escrever em cada suspiro, em cada soluço seja de angústia ou espanto, mas também quando simplesmente respira. Para o poeta Cesare Rodrigues, que assina a orelha do livro, Jérôme Poloczek nos apresenta um pensamento experimental, ora subversivo, ora inventivo, ora lírico, às vezes ingênuo, mas sempre procurando por alguma inversão da perspectiva. [...]