A arte nunca morre dentro do artista. Ela vasculha cada canto de vida, e mesmo quando sente sono e se recolhe em seus aposentos, cochila com apenas um dos mil olhos fechados, para garantir que sairá dançando as mil maravilhas, quando chamarem por seu nome. "ARTE! ARTE". Também não morre fora dele. Quando o corpo de um artista parte, ele deixa a arte ardendo, vibrante por ter sua alma sempre ali, viva com ela. A arte não envelhece, mas amadurece. E às vezes carece de algum colo, como qualquer vertente do sensível. É abstrata, por se sentir sem tocar. Mas é tão concreta quanto um corpo nu, no palco, se apalpando. E a arte grita. Esperneia, com todas aquelas pernocas fartas e admiráveis. Sua voz é sempre a mais bela. E a mais alta.